sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Tantos Condenados por Crimes ... Prescritos

 

Direito, Poesia e Música fundiram-se, em 12.05.2008, no Diana Bar, na sessão de apresentação do livro Tantos condenados por crimes… prescritos de Carlos Teixeira.
O autor, advogado de profissão, aplica os seus conhecimentos jurídicos e reflecte sobre uma expressão concreta do Código Penal que considera ser deficientemente interpretada e aplicada pelos Tribunais portugueses levando a que muitos têm sido condenados por crimes que deveriam ter sido julgados prescritos. Trata-se da expressão “pendente” que depois de analisada levou a que o autor concluísse que há muitos arguidos julgados e condenados em processos de natureza criminal, contra-ordenacional ou disciplinar por crimes, contra-ordenações ou processos disciplinares que prescreveram antes de ser proferida decisão final, sem que a prescrição tivesse sido conhecida oficiosamente, ou sequer invocada, como poderia e deveria ter sido.
O advogado espera que a sua reflexão seja um instrumento útil para os colegas no exercício da sua profissão e um sinal de alerta para os leitores que têm o direito de ver os nossos Tribunais interpretar e aplicar a lei que nos rege, sem distorções e com o rigor que todos merecem.
Reconhecendo que os livros de Direito são, em geral, de difícil digestão e por vezes, intragáveis, Carlos Teixeira recorre a poemas que retratam de modo mais atractivo e de fácil leitura o assunto tratado e intercalando-os com os artigos interpretados. O livro resulta, deste modo, da combinação da apreciação jurídica com textos poéticos da autoria de grandes poetas portugueses como Luís de Camões, Cesário Verde, Antero de Quental e Almeida Garrett, entre outros, que conferem um pendor mais literário à obra.
As guitarras de Pedro Pinto e Carlos Costa e o violoncelo de Carina Vieira que compõem o grupo GuitarCeloTrio proporcionaram um excelente momento musical que, seguido da declamação de poesia por Aurelino Costa encerraram esta noite cultural no emblemático espaço à beira-mar.

Portal Municipal da Póvoa de Varzim

3 comentários:

renato gomes pereira disse...

Ainda não li o livro...do Mano!!!De resto já lá vão uns anos longos de ausência do seu convivio... Estes são os pilares do nosso tempo...
particularmente não me preocupa a a prescrição da prescrição criminal antes pelo contrário o que me preocupa é ai mpunidade por certos crimes...mas concordo que aprescrição deveria ser entendida como de conhecimento obrigatóriamente oficioso...ou seja nem sequer deveria ser necessário invocar a prescrição
não podia sequer haver execução da pena...já prescrita de um crime também prescrito...e penso que nunca haverá tal possibilidade na prática...
...

adelino braga disse...

Boa noite!
Lembro-me de termos comentado sobre o lançamento do livro do Carlos Teixeira no Diana Bar, mas nesse dia disseste-me que por motivos familiares não podias comparecer.
É sempre bom reunirmo-nos com os amigos de sempre.
Argivai esteve bem representada no apoio ao nosso conterrâneo.
Se quiseres ler o livro, eu empresto-te.

renato gomes pereira disse...

claro...

sabes que até devia haver pelo menos umexemplar na biblioteca da udca...pelo menos no meu tempo procurava sempre qrenovar os livros...Não sei agora com o António Torres se ele sepreocupa com isso...De resto já nem há sedr aberta...Só futebol epouco mais...