A ‘troika' quer uma descida de 6% no preço dos medicamentos, uma medida que reduzirá as despesa do Estado com saúde.
Esta descida dos preços será feita à custa da redução do lucro das farmácias. É que uma descida da margem dos actuais 20% para 14%, levará a uma diminuição de 6% no preço de venda ao público dos remédios. E como as comparticipações do Estado são calculadas sobre o preço de venda ao público, o Estado poderá encaixar vários milhões de euros, sem sobrecarregar o orçamento das famílias. Mas para que seja cumprido este objectivo é preciso que o Governo altere administrativamente o preço dos medicamentos.
A medida contraria uma das recentes resoluções do Governo que, em Março do ano passado, aprovou o regresso da margem de lucro das farmácias aos 20%. As margens de lucro tinham sido reduzidas em 2005, no tempo do ex-ministro da Saúde, Correia de Campos, para 18,25%. A indústria farmacêutica criticou duramente a medida, uma vez que na altura deu-se o efeito inverso: para que os medicamentos chegassem ao consumidor ao mesmo preço, foram os laboratórios que acomodaram o aumento do lucro das farmácias. Agora, a intenção da ‘troika' não poupará as farmácias, aplicando à indústria medidas mais leves, segundo apurou o Diário Económico.
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