A Parpública, Sociedade Gestora de Participações Sociais de capitais exclusivamente públicos, divulgou o Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras referente ao 1º Semestre de 2010 das empresas que tutela, donde se verifica que o Grupo TAP apresentou prejuízos de 79 milhões €, mais 16,7 milhões € do que no período homólogo.
No que respeita ao transporte aéreo o prejuízo gerado foi superior a 18 milhões €, apesar da evolução positiva traduzida pelo aumento do tráfego de passageiros, mais 5,7% do que em 2009, sobretudo nos voos para o Brasil, mais 33,5%, e para África, mais 12,3%.
Na manutenção, há a registar um prejuízo de aproximadamente 19 milhões €, gerado na operação no Brasil, cujo prejuízo permanece ao nível do ano anterior na ordem dos 28 milhões €.
Também a actividade do handling se mantém deficitária, tendo gerado prejuízos de cerca de 12 milhões €. A estes prejuízos directamente relacionados com a actividade operacional acresce ainda o impacto do custo do financiamento que se traduziu num resultado financeiro negativo de 21 milhões €, valor equivalente ao verificado no período homólogo.
Apesar destes prejuízos, pagos pelos contribuintes, a TAP não quer participar no plano de austeridade, ao nível da massa salarial, previsto no orçamento de estado de 2011, colocando-se à margem dos sacrifícios dos restantes portugueses.
A TAP não serve os interesses estratégicos de Portugal, pois os seus voos são mais caros que os da concorrência. Para o Brasil a Ibéria é mais barata, para os EUA a Lufthansa e a Air France são mais baratas e dentro da Europa a Ryanair e Easy Jet são muito mais baratas.
Por estes motivos, a privatização da TAP é absolutamente necessária e urgente para concorrer no mercado com as suas congéneres através de uma gestão racionalizada dos custos de exploração, garantindo desta forma a sua sobrevivência, o que é fundamental para Portugal.
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