quinta-feira, 18 de novembro de 2010

6º Fórum SST

Decorreu no dia 17 de Novembro do corrente ano o 6º Fórum SST, com elevada afluência de participantes, no auditório do Centro Social e Cultural de Olival, em Vila Nova de Gaia, subordinado ao tema "As consequências das más práticas nos locais de trabalho".

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ai, Portugal, Portugal...

Segundo noticia o Diário Económico, o Fundo Monetário Internacional diz que Portugal será obrigado a pedir ajuda internacional uma vez que os mercados estão a apostar na falência quase certa do País.
Assim, afirma que Portugal será obrigado a recorrer aos fundos de apoio do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia (UE), isto apesar de reconhecer que as melhorias previstas nas contas públicas até são significativas, e que, em condições normais, dariam resultados positivos no alívio das restrições no crédito.
É triste constatar que Portugal, um país que foi baluarte da civilização ocidental na condição de potência mundial na época dos descobrimentos, ande hoje de mão estendida, qual mendigo dependente da compaixão de terceiros, para conseguir sobreviver, quando somos os únicos responsáveis por esta triste sina, ao escolhermos os políticos para nos governar, onde as qualidades necessárias e suficientes exigidas por nós é serem demagógicos e palavrosos, onde a seriedade e a defesa do interesse geral não são qualidades exigidas para terem o nosso voto.
Não culpemos exclusivamente a crise internacional e os mercados. Há anos que assistimos impávidos e serenos ao encerramento de empresas, implicando o recurso à importação daquilo que até aí produzíamos, criando desemprego e défice na balança comercial. Sejamos claros, não produzimos o suficiente, o que é preocupante, pois as importações são excessivamente superiores às exportações.
A função de um governo, mandatado pelo voto popular, é organizar e desenvolver o país, e o que se tem passado nas últimas décadas de governação democrática deixa algo a desejar, devido à tomada de decisões demasiadamente gravosas para as gerações vindouras.  
Acabamos com as pescas e a metalurgia, a agricultura está pelas ruas da amargura, apesar das enormes potencialidades agrícolas, em suma, deixamos de produzir, embevecidos nas teorias mirabolantes de terciarização que arruinaram o nosso país.
Somos um país de perniciosas concertações, onde em alguns sectores económicos, por não haver uma concorrência saudável, o consumidor não tem qualquer alternativa na aquisição de bens essenciais.
Somos um país de corporações e de grupos de pressão, que actuam com a nossa complacência, como se fossem um estado dentro do próprio estado, e quando um governante pretende relevar o interesse geral - o que é raro -, o governante cai, perdendo no braço de ferro, por não exercermos a nossa cidadania no apoio do interesse geral.  
Mas nem tudo são más notícias, finalmente foi anunciado o fim da acumulação de pensões com salários. Era uma das situações iníquas que estava a contribuir para uma ainda maior descredibilização da classe politica e para a descapitalização da Segurança Social.
Ainda falta outra medida que é a criação de um tecto máximo para os valores da reforma. Não se compreende que existam reformas milionárias num País com tantos problemas financeiros e onde um grande número de beneficiários recebe valores de pobreza.
É evidente que as medidas que agora foram anunciadas, foram unicamente tomadas por causa da crise existente, deveriam ter sido tomadas há muito tempo. Este trabalho deve ser feito com muita determinação, porque ainda há muito a fazer e o que se teme é que quem nos governa não tenha a força ou a coragem suficiente para fazer face à resistência atávica das forças de bloqueio.